A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que afeta os cães e não é transmissível para gatos. É causada pelo vírus da cinomose canina (CDV, do inglês Canine Distemper Virus), pertencente à família Paramyxoviridae. A doença é grave e frequentemente fatal, afetando múltiplos sistemas do corpo, incluindo o respiratório, gastrointestinal e nervoso.
Formas de transmissão: é transmitida por contato direto com fluidos corporais de animais infectados, como secreções nasais, saliva, urina e fezes. Também pode ser transmitida através do ar (aerossóis) em ambientes fechados. O vírus pode sobreviver por curtos períodos no ambiente, especialmente em condições frias e úmidas.
Sinais clínicos variam amplamente dependendo da fase da doença e dos sistemas corporais afetados. Eles podem incluir:
Fase inicial
Febre: surge de 3 a 6 dias após a infecção;
Secreção ocular e nasal: aquosa inicialmente, tornando-se espessa e purulenta;
Tosse: inicialmente seca, depois produtiva;
Falta de apetite e letargia.
Fase respiratória e gastrointestinal
Tosse persistente;
Dificuldade respiratória;
Vômito e diarreia: pode levar à desidratação grave;
Perda de peso.
Fase neurológica
Convulsões;
Movimentos musculares involuntários (mioclonia);
Paralisia parcial ou completa;
Mudanças comportamentais: desorientação, agressividade, etc;
Hiperceratose: espessamento das almofadas plantares e do nariz, às vezes chamado de “doença das almofadas duras”.
O diagnóstico é baseado em uma combinação de:
História clínica e sinais clínicos;
Exames laboratoriais;
Testes sorológicos: detecção de anticorpos contra o CDV;
PCR: detecção do material genético do vírus;
Imunofluorescência: detecção do vírus em células de amostras de tecidos;
Radiografias: para avaliar os pulmões em casos de complicações respiratórias.
Tratamento
Não há cura específica para a cinomose e o tratamento é principalmente de suporte, focado em aliviar os sintomas e prevenir infecções secundárias:
Fluídos intravenosos: para combater a desidratação;
Antibióticos: para prevenir ou tratar infecções bacterianas secundárias;
Anticonvulsivantes: para controlar convulsões;
Medicamentos para náusea e diarreia;
Nutrição adequada e cuidados de enfermagem.
A prevenção é a chave para controlar a doença
A vacinação é altamente eficaz e é a melhor forma de prevenir a cinomose. Os cães devem ser vacinados conforme o protocolo recomendado pelo veterinário, começando com uma série de vacinas de filhotes e reforços anuais ou trianuais.
Isolamento de animais infectados: para prevenir a disseminação do vírus.
Higiene rigorosa: limpeza e desinfecção de áreas onde animais infectados estiveram.
A cinomose é uma doença devastadora, mas com a vacinação adequada e cuidados preventivos, é possível proteger os cães dessa ameaça. É essencial que os donos de pets sigam rigorosamente os calendários de vacinação e estejam atentos aos primeiros sinais de doença, buscando assistência veterinária imediata em caso de suspeita. A educação sobre a importância da vacinação e a conscientização sobre os sintomas da cinomose são cruciais para controlar a disseminação dessa doença.
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