A mastite em vacas é uma doença inflamatória das glândulas mamárias, que pode ser causada por diferentes tipos de microrganismos, como bactérias, vírus e fungos. É uma das doenças mais comuns e prejudiciais para a produção de leite em vacas leiteiras. Aqui estão informações sobre as causas, tratamento e exames relacionados à mastite em vacas:
A maioria dos casos de mastite é causada por bactérias, como Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Escherichia coli. Essas bactérias podem entrar na glândula mamária por meio de ferimentos nos tetos, instalações sujas ou equipamentos contaminados.
É importante compreender que a mastite pode se apresentar em duas formas distintas: mastite clínica e mastite subclínica. Vamos abordar detalhadamente ambas:
Mastite Clínica:
A mastite clínica é a forma mais visível da doença e apresenta sinais clínicos claramente perceptíveis, que podem incluir:
1. Inchaço e calor: as glândulas mamárias afetadas ficam inchadas, quentes ao toque e sensíveis.
2. Mudanças na textura do leite: o leite pode conter coágulos, pus ou sangue, e sua coloração pode mudar.
3. Redução da produção de leite: vacas com mastite clínica geralmente produzem menos leite do que o normal.
4. Dor e desconforto: as vacas podem apresentar dor e desconforto, o que pode resultar em agitação e resistência durante a ordenha.
5. Presença de febre: em casos graves, as vacas podem desenvolver febre.
Mastite Subclínica:
A mastite subclínica é uma forma mais insidiosa da doença, pois os sintomas não são facilmente perceptíveis a olho nu. No entanto, ela é altamente relevante para a indústria leiteira, pois afeta a qualidade do leite e a produção a longo prazo. Os sinais clínicos da mastite subclínica incluem:
1. Ausência de sintomas visíveis: as vacas com mastite subclínica não apresentam inchaço, dor ou mudanças visíveis no leite.
2. Redução da produção de leite: embora as vacas com mastite subclínica geralmente não apresentem sintomas visíveis, a produção de leite pode ser reduzida devido ao comprometimento da função da glândula mamária.
3. Contaminação do leite: o leite de vacas com mastite subclínica pode conter bactérias patogênicas, o que afeta a qualidade do leite e sua capacidade de processamento.
O tratamento da mastite em vacas visa eliminar a infecção, aliviar a dor e restaurar a produção de leite. Os passos típicos incluem:
1. Isolamento: vacas doentes devem ser isoladas para evitar a disseminação da infecção para o rebanho.
2. Antibióticos: o tratamento com antibióticos é comum para combater a infecção bacteriana. Eles são administrados por via intramamária, diretamente no úbere afetado. Vale lembrar que devem ser recomendados por um médico veterinário.
3. Anti-inflamatórios: podem ser usados para reduzir a inflamação e o desconforto na glândula mamária.
4. Ordenha e descarte: durante o tratamento, é essencial continuar ordenhando a vaca afetada para evitar o acúmulo de leite infectado. O leite contaminado deve ser descartado.
Exame do leite para diagnóstico:
O exame do leite é uma ferramenta importante para diagnosticar a mastite em vacas. Isso pode ser feito por meio de:
1. Testes de CMT (Teste da Caneca de Mudança de Cor): este é um teste simples e rápido que pode ser realizado no local. O teste envolve a adição de um reagente ao leite e a observação de mudanças na cor. Uma mudança na cor indica uma possível infecção.
2. Contagem de células somáticas (CCS): a CCS mede o número de células brancas do sangue presentes no leite, que aumenta em resposta a uma infecção. Valores elevados de CCS podem indicar a presença de mastite.
3. Cultura de leite: pode identificar o tipo específico de microrganismo que está causando a infecção. Isso é importante para determinar o tratamento adequado.
O diagnóstico preciso é fundamental para determinar o tratamento mais eficaz. Em casos graves ou crônicos de mastite, a produção de leite pode ser permanentemente afetada, e a saúde geral da vaca também pode ser prejudicada.
É importante destacar que a prevenção é a melhor abordagem para lidar com a mastite em vacas. Isso inclui boas práticas de manejo, higiene do ambiente e cuidados adequados com os tetos durante a ordenha para evitar a entrada de microrganismos patogênicos na glândula mamária.
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